A Cratera de Ngorongoro era um vulcão – talvez maior que o Kilimanjaro – que colapsou há mais de dois milhões de anos atrás para formar a maior caldeira contínua do mundo (suas bordas não possuem rupturas). Está localizada na Área de Conservação Ngorongoro (Ngorongoro Conservation Area), fundada em 1959 para ser um lugar de convivência entre a vida selvagem e o povo Massai, nômades que vivem da criação de gado e ovelhas. A reserva cobre 8.300 quilômetros quadrados, é a casa de mais de 25 mil animais de grande porte (a maioria ungulados), o lugar de maior concentração de predadores do planeta e sustenta a Grande Migração. Mais de um milhão de gnus, 72 mil zebras e 35 mil gazelas-de-thompson e gazelas-de-grant passam por aqui em suas rotas anuais em busca de comida. Por esses e outros motivos Ngorongoro é considerado um Patrimônio Mundial da Humanidade, segundo a UNESCO, e frequentemente é chamada de oitava maravilha do mundo.
Macacos, antílopes e porcos do mato, leopardos e até elefantes frequentam as florestas nas escarpas da cratera, mas é bem improvável que sejam observados. A planície, dentro da caldeira, é dominada por lagos alcalinos repletos de flamingos cor-de-rosa. Gazelas, zebras, búfalos, avestruzes, javalis e gnus são presas fáceis para os predadores que precisam gastar pouca energia para conseguir uma refeição farta – leões, hienas, chacais, leopardos e guepardos estão sempre a espreita. As aves também estão presentes com aproximadamente 500 espécies.
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