28/05/2010

"Eu, eu, eu, eu"


Uma coisa importante a ser lembrada é que o desejo é o que nos une.

Desejo pela paz mundial, desejo por amor, desejo por pizza, desejo por novos sapatos.

Não importa o quanto eles sejam profundos ou triviais, os desejos humanos são nosso laço em comum.

E todos desejam a felicidade.

Todavia, com freqüência confundimos a busca de felicidade de outra pessoa como se fosse algo "contra mim".

Com que freqüência, por exemplo, você achou que um amigo, um professor ou um parente devia estar zangado com você por estar lhe dando menos atenção do que em geral, somente para descobrir que estavam vivendo alguma tragédia pessoal – talvez uma morte, uma doença ou uma briga de família – e isto simplesmente estava fazendo eles se retraírem um pouco?

Não somente de você, mas de todos, até finalmente se firmarem novamente.  

Conheci certa vez uma jovem chamada Márcia [não é seu nome verdadeiro] que se encontrou por acaso com a irmã do seu primeiro grande amor, Beto [não é seu nome verdadeiro].

As duas mulheres conversaram um pouco e Márcia deu seu telefone para a irmã de Beto, que disse que passaria o número a ele com prazer. Márcia ficou incrivelmente entusiasmada com a idéia de ouvir notícias dele.

Ele tinha significado muito para ela não só durante o relacionamento deles, mas por um bom tempo, no entanto eles tinham perdido contato.

Semanas se passaram, e depois vários meses.

Nenhum telefonema.

Márcia levou para o lado pessoal. "Eu não devo ter sido tão importante para ele como ele foi para mim", ela pensou. "Se ele tivesse sentimentos verdadeiros por mim ele já teria me ligado".

Os pensamentos de foram piorando cada vez mais e ela acabou ficando bastante deprimida por causa disso.

Muitos meses depois disto, ele ligou.

Eles tiveram uma ótima conversa, ao final do que ele se desculpou por não ter ligado antes. "Tive uma doença de pele terrível", confidenciou, "e queria que ela fosse embora antes de ver você."

Quando levamos as ações das outras pessoas para o lado pessoal, é nosso ego falando, nos dizendo que somos o centro do universo—que tudo que acontece em nossas vidas gira em torno de nós.

Nosso ego é a cortina que nos separa dos verdadeiros sentimentos e pensamentos dos outros.

Nosso esforço é não levar tudo para o lado pessoal.

E dar de todo coração, mesmo se nosso julgamento for que não estamos recebendo o suficiente em troca. Quando fazemos nossa parte, a energia retorna para nós – sempre.

Se não for do recebedor, virá de alguma outra pessoa.

Sementes positivas produzem frutos positivos.

Esta é uma lei imutável.

E lembre-se, compartilhar não é somente um ato físico.

Criar espaço em seu coração para outras pessoas e reconhecer que você não é a única pessoa no mundo que quer obter satisfação pode ser o melhor presente para se dar para quem se ama – e para você mesmo.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário