03/06/2010

Tecnologia no campo...

Ao longo dos anos, os uniformes dos atletas em geral vêm evoluindo constantemente. A tecnologia sempre esteve presente, não só no desenvolvimento do esporte, como também no vestuário de cada modalidade.

No futebol, camisas retro dos clubes e seleções nunca saem de moda. Falando do modelo é claro, pois nem todos conseguem reproduzir o antigo uniforme feito de lã, ou ainda, aqueles calções pequenos e apertados da década de 70.

Em termos de tecnologia a evolução é notada a cada ano, sempre visando ajudar os jogadores para que tenham um desempenho cada vez melhor. São novos tecidos, ora mais leves, ora com uma melhor absorção. Porém o foco nunca foi estritamente na saúde dos jogadores.

Monitoramento cardíaco

Com os recentes casos de morte súbita nos gramados - incluindo a do ex-jogador da seleção espanhola, Puerta, que faleceu no próprio gramado durante uma partida da temporada 2007/2008 –, intensificaram-se os investimentos na saúde dos atletas.
 
 
Monitoramento do coração
 
 

Com o fim do último campeonato espanhol, algumas equipes começaram a testar um novo tipo de tecnologia. Trata-se de uma camisa que traz revolucionários microchips embutidos que fazem um monitoramento cardíaco e respiratório, além de medir a capacidade de esforço do atleta.

Assim que "identificados" pela roupa, estes dados são enviados para serem processados em um computador habilitado – ou até mesmo serem transmitidos para um celular à beira do gramado.

 

A partir de quando?

O assunto é sério e vem sendo tratado com otimismo. Isso porque, após as camisas serem testadas pelo
hospital Da Luz em Madri, foram realizados testes também por atletas de alguns times de elite da Espanha, como os gigantes Real Madri e Barcelona.
 
 
Monitorando a saúde dos atletas.
 
 
 

Apesar do otimismo e dos bons resultados, a nova tecnologia ainda não deve entrar em campo. Segundo disse a federação Espanhola de futebol, em entrevista para a BBC Brasil, toda e qualquer regra do futebol é estabelecida por órgãos internacionais, e estes não permitem o uso de peças inteligentes sem uma prévia autorização.

Mas também não está descartado o seu uso em futuro breve, afinal de contas não é um artifício para melhorar o desempenho de determinado jogador, mas sim prevenir que desastres venham a se repetir. E não só no futebol como em vários outros esportes.

Tecnologia em campo na Copa

Falando em uniformes – desta vez sem monitoramento da saúde –, a Copa do Mundo de 2010 traz uma série de novidades que, além de demonstrarem evolução tecnológica, acirram a concorrência entre as marcas esportivas.

As seleções patrocinadas pela Nike deverão jogar com uma camisa que conta com furos laterais feitos por laser, com a função de refrescar o corpo do atleta e ajudar na transpiração. A ideia é que isso, consequentemente, melhore o seu rendimento em campo.

Já a principal concorrente, Adidas, traz uniformes fabricados com um novo tecido, chamado pela marca de Techfit. Feito com uma combinação que traz plásticos maleáveis e poliuretano, a promessa é que o atleta tenha o uniforme mais maleável e agarrado ao corpo, diminuindo assim a sua fadiga e, de quebra, dificultando o trabalho dos adversários que queiram agarrar o seu uniforme.

Outros esportes

Não só no uniforme dos boleiros a tecnologia está presente. Recentemente foram proibidos  os "supermaiôs" da natação. Desenvolvidos por uma empresa especializada em conjunto com a NASA, eles tinham um peso insignificante e, principalmente, reduziam drasticamente o atrito do nadador com a água, tornando-o muito mais veloz.

Na Formula 1 os macacões cumprem vários papéis diferenciados. Além de "vestirem", devem proteger contra o calor – dentro do carro chega-se a temperaturas superiores a 50 graus –, assim como chuvas, batidas, prover proteção contra estilhaços e, de quebra, não podem incendiar de jeito nenhum, pois o macacão é a principal defesa do piloto contra o fogo.

Mantendo o corpo em sua temperatura ideal.

Já nas últimas Olimpíadas de Inverno em Vancouver, no Canadá, alguns uniformes e acessórios trouxeram tecnologias inovadoras. Atletas usaram um colete que trabalhava mantendo a temperatura do corpo a estáveis 36 graus, deixando assim toda a sua energia canalizada para a competição.

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