28/06/2012

Hoje um lamento......


Hoje estamos lamentando o passamento de um amigo querido, o Senso Comum,
que nos acompanhou durante muitos anos. A idade dele ninguém sabia ao certo, seus registros tendo se perdido há anos num mar de burocracia.
Senso comum seguia políticas financeiras sólidas (gaste apenas o que puder ganhar); e estratégias sólidas e confiáveis (os adultos têm autoridade, não as crianças).
Sua saúde declinou rapidamente após regulamentos bem intencionados, porém excessivos entrarem em vigor. Relatos de processos de assédio sexual por meninos de seis anos após beijar uma colega; adolescentes suspensos da escola por terem usado limpador bucal após o almoço;
professores demitidos por repreender alunos bagunceiros apenas fizeram com que sua condição piorasse.
 O Senso Comum perdeu espaço quando os pais atacaram os professores por tentarem fazer o que os pais já não faziam, ou seja disciplinar as crianças.
Declinou mais ainda quando para colocar um esparadrapo ou passar um filtro solar num aluno passou a ser necessário obter uma autorização escrita, mas ficava proibido avisar os pais de uma gravidez ou da busca de suas filhas por um aborto.
O Senso Comum perdeu a vontade de viver na medida que os Dez Mandamentos passaram a ser material proibido; as igrejas se tornaram mercados; os criminosos passaram a ser melhor tratados que suas vítimas. O Senso Comum desfaleceu quando descobriu que ao defender sua casa de um bandido invasor você podia ser processado pelo mesmo por uso de violência.
 No fim o Senso Comum desistiu totalmente após uma mulher não perceber que um copo de café estava quente. Derramou um pouco no colo e recebeu uma compensação milionária.
A morte do Senso Comum foi precedida pelas de seus pais Verdade e Confiança , sua esposa Discrição, sua filhas Responsabilidade e Razão. Sobrevivem seus meio-irmãos, de nomes: Sei Meus Direitos, Quero Agora, O Culpado é Outro, e Sou Vítima.
Seu enterro foi mal freqüentado, pois, poucos se deram conta que havia sumido. 

A dignidade pessoal e a honra, ñ podem ser protegidas por outros, devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.   

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