05/04/2014

O Ipea acabou de divulgar a verdade sobre a cultura dos estupros no Brasil.


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comunicou em nota  nesta sexta-feira (04) que a pesquisa “Tolerância social à violência contra as mulheres”, divulgada no dia 26 de março, apresentava erros em dois quesitos do estudo. De acordo com o instituto, foram trocados os gráficos percentuais das afirmações “Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar” e “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.
Em nota, o Ipea pediu desculpas pela falha e afirmou que o porcentual correto de pessoas que concordam com a afirmativa de que mulheres com roupas curtas merecem ser atacadas é de 26%. A divulgação deste dado, no final de março, gerou ampla repercussão em diversos segmentos da sociedade, repudiando que tamanha fatia da população concordasse com a afirmativa.
A repercussão da pesquisa foi tão intensa que até mesmo a presidente Dilma Rousseff pronunciou-se sobre o tema e demonstrou solidariedade à jornalista Nana Queiroz, uma das organizadoras do movimento “Eu não mereço ser estuprada”, que se popularizou nas redes sociais nos últimos dias, após a divulgação da pesquisa do Ipea.
O diretor de Estudos e Políticas Sociais do instituto, Rafael Guerreiro Osório, pediu sua exoneração assim que o erro foi detectado, informa o órgão. O Ipea cometeu dois erros na divulgação da pesquisa. “Vimos a público pedir desculpas e corrigir dois erros nos resultados de nossa pesquisa Tolerância social à violência contra as mulheres.

O instituto que foi pensado para pensar políticas estratégicas para o país vem a público para dizer que se enganou. O diretor da Área Social do Ipea pediu exoneração. É pouco! Erro assim não é trivial. Qual foi a sua gênese? Como foi produzido? Não há revisão? Não se faz uma análise para saber se os dados são compatíveis? Não há mecanismos de controle? Uma espécie de contraprova para saber se os pesquisadores não manipulam dados? As outras pesquisas feitas pelo Ipea são conduzidas com o mesmo cuidado?

Em homenagem ao Ipea, um trecho da peça “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”, do genial Edward Albee, em que a Martha, a bêbada sensata, alterca com Nick, o “cientista”. 

MARTHA – Ora, mocinho, você vive curvado em cima daquele seu microfone. . .
NICK - Microscópio.
MARTHA – É. . . E não vê coisa nenhuma, não é? Analisa tudo menos a maldita mente humana. Enxerga manchinhas e pontinhos, mas não sabe o que é que está acontecendo ao redor, não é verdade?
O certo seria pôr na rua a direção inteira da instituição. Por ofensa ao povo brasileiro!

Irresponsáveis!

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