21/06/2014

Ponte sobre o canal do Jardim de Alah começa a ganhar cadeados de casais apaixonados.



Os casais apaixonados fazem juras de amor no Jardim de Alah. Ali, assim como acontece na capital francesa, cadeados, símbolo do amor, começaram a ser postos numa ponte sobre o canal, próximo à Lagoa. Segundo a superstição, deve-se jogar a chave fora: com isso, acredita-se, fica selado um compromisso, e a união vai durar para sempre. Em Paris, as chaves estão no fundo do Rio Sena. No Rio, vão para o leito do canal do Jardim de Alah.

Segundo historiadores, a tradição teve início na década de 1980 em Pécs, na Hungria, e logo se espalhou por outras cidades consideradas românticas. Conforme a lenda, a única forma de quebrar o pacto de amor seria encontrar a chave do cadeado e destrancá-lo. No entanto, em Paris, algumas pessoas de coração partido acabam voltando com alicates para arrancar o cadeado de lá.

EM PARIS, PEDAÇO DE PONTE RUIU

No Rio, a moda por enquanto ainda tem poucos adeptos. Nas grades da ponte do Jardim de Alah, ainda é pequeno o número de cadeados. Em dois deles, que estão unidos, foram amarradas fitas do Nosso Senhor do Bonfim — uma pitada de brasilidade na simpatia europeia. Outro casal, Ricardo e Denise, também declarou sua paixão do mesmo modo. O cadeado dos dois, com direito a coraçãozinho impresso, tem data de 20 de setembro.

Em Paris, o excesso de cadeados já preocupa a prefeitura da cidade há alguns anos. Acredita-se que o peso extra possa causar um acidente, levando partes da estrutura a desabar sobre os barcos com passageiros que passam sob a ponte.

No último dia 8, por exemplo, turistas foram impedidos de participar da tradição, porque a ponte chegou a ser interditada depois que um trecho 2,4 metros da grade cedeu, ao não suportar o peso dos objetos metálicos. Na Pont des Arts, os 150 metros de grade, de ambos os lados, estão quase todos tomados por cadeados.



Preocupados com os danos à ponte, duas americanas chegaram a fazer um abaixo-assinado para acabar com a prática. Para preservar a estrutura, autoridades francesas chegaram a pedir aos amantes da tradição que aderissem aos cadeados virtuais — os chamados e-love locks.

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