18/06/2014

Você sabe o que é a margarina?

Margarina é termo genérico para identificar gorduras alimentares de origem vegetal usadas em substituição da manteiga.

O seu nome deriva da descoberta do "ácido margárico" por Michel Eugène Chevreul, em 1813, que pensou ter descoberto um dos três ácidos gordos que formavam as gorduras animais, mas, em 1853, descobriu-se que aquele ácido era apenas uma combinação de ácido esteárico e ácido palmítico.
Em 1860, o imperador Napoleão III da França ofereceu uma recompensa a quem conseguisse encontrar um substituto satisfatório e mais barato para a manteiga, para as classes sociais baixas e para o exército. Então, em 1869 , o químico Hippolyte Mège-Mouriés inventou uma substância a que chamou oleomargarina (mais tarde margarina), que preparou com gordura de vaca, à qual extraía a porção líquida sob pressão e depois deixando-a solidificar; em combinação com butirina e água resulta substituto para a manteiga, com sabor similar.
A denominação da palavra margarina advém do grego margaron que significa pérola (em virtude do aspecto perolado apresentado pela nova invenção). Com o surgimento da hidrogenação e, por meio de várias pesquisas e do avanço tecnológico, o produto passou a ser fabricado em larga escala. Hoje, no Brasil, a margarina é classificada como uma emulsão de água em óleos (as gotículas de água são distribuídas na fase oleosa).1
Atualmente, a margarina moderna é produzida com uma grande variedade de gorduras vegetais, geralmente misturadas com leite desnatado, sal e emulsionantes.
Pelo processo de hidrogenação, converte-se uma parte das gorduras insaturadas em trans-saturadas (a chamada gordura trans). Entretanto, a maioria das marcas de margarina de hoje em dia não passam pelo processo de hidrogenação mas são gordura interesterificada , ou seja, obtidas a partir de mistura de óleo vegetal totalmente hidrogenado (gorduras trans) e óleos vegetais líquidos.
Composição Quimica.
Gorduras Vegetais Hidrogenadas, Sebo Animal, Ácido Sulfúrico, Leite de Vaca, Soda Cáustica, Ácido Benzóico, Ácido Butil Hidroxitolueno(explosivo), Galato Propila, Corante Artificial(CI, CII, etc.), Aromatizantes Artificiais(PI, PIV), Antioxidantes Artificiais(AV, AVI e AVIII), Estabilizantes Artificiais, Vitamina "A" Sintética ou Acetato de Vitamina A2,20.COC Co) na fabricação a margarina ainda recebe a inclusão de átomos de hidrogênio na sua industrialização, sendo usados muitos outros produtos químicos, inclusive o ácido butil-hidroxitolueno para quebrar as estruturas de sebo de boi e conservar a mistura. Este último componente é explosivo. Ainda, de acordo com alguns fabricantes podem ser adicionado (no mesmo produto): mono e diglicerídios de ácidos graxos (INS 471) e lectina de soja (INS 322), conservadores: sorbato de potássio (INS 202) e benzoato de sódio (INS 211), acidulante ácido cítrico (INS 330), antioxidantes: edta (INS 385), tbhq (INS 319) e bht (INS 321), aroma idêntico ao natural de manteiga, corantes naturais: de urucum (INS 160b), cúrcuma (INS 100i), corante beta caroteno sintético idêntico ao natural (INS 160ai).
A margarina é por definição (NP 897) uma emulsão cristalizada de água em óleo cujo teor de água não ultrapassa os 16%. Actualmente, com a inovação tecnológica e por razões de dieta alimentar, encontramos nas prateleiras dos supermercados, não margarinas mas cremes para barrar, cujo teor de gordura é variável e inferior a 80%, existindo com vários teores de sal e com diversos aromas. O que torna estes cremes para barrar mais atrativos é serem produzidos a partir de óleos 100% vegetais como óleo de girassol, óleo de soja ou óleo de linhaça que são boas fontes de ómega 3 e ómega 6 (ácidos gordos essenciais, que o nosso organismo não consegue sintetizar) e por possuirem pouca gordura saturada e não possuirem ácidos gordos trans nem colesterol. Hoje, quer as margarinas quer os cremes para barrar, são produzidos sem gorduras hidrogenadas (levam à formação de compostos trans) daí a sua crescente procura pela maioria dos consumidores.



Nenhum comentário:

Postar um comentário