25/08/2014

Cientistas brasileiros decifram conversas de tartarugas "falantes" no Pará.

Gravações feitas no rio Trombetas indicam que, na época de fazer os ninhos, as tartarugas trocam informações pela voz, comunicando-se com pelo menos seis sons diferentes. Os pesquisadores da organização de conservação Wildlife Conservation Society (WCS) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) acreditam que algumas dessas conversas são as mães tartarugas ensinando aos filhos como chegar na água.

Como muitas espécies de tartarugas vivem por décadas, os pesquisadores também acham que jovens tartarugas aprendem estas habilidades de comunicação oral com espécies mais velhas. As gravações indicam que os animais podem ter vidas sociais mais complexas do que se pensava.

A equipe de pesquisadores usou microfones e hidrofones subaquáticos para registrar mais de 250 sons individuais dos animais. Os cientistas analisaram estes sons e os dividiram em seis tipos diferentes, relacionando cada categoria a um comportamento específico.

Por exemplo, havia um som específico quando os adultos estavam migrando pelo rio, e outro quando eles se reuniam em frente a praias onde fazem ninhos. Outro som era emitido por adultos quando eles estavam esperando nas praias pela chegada de seus filhotes. "Os significados exatos não são claros, mas elas, com certeza, estão trocando informações", disse à BBC Camila Ferrara, do WCS Brasil.

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