01/11/2014

Autorretrato “mágico” de Leonardo da Vinci foi escondido dos nazistas.

Autorretrato de Da Vinci possui "poderes mágicos"? (Foto: Reprodução)

Leonardo da Vinci é um dos artistas mais completos da história da humanidade. Além de ser responsável por uma série de trabalhos incríveis, uma de suas obras carrega lendas e segredos que já passam dos 500 anos de história. Durante a Segunda Guerra Mundial, um autorretrato com "poderes mágicos" foi escondido a sete chaves para não cair nas mãos Hitler.

Temendo que o führer se tornasse ainda mais poderoso, uma operação secreta fez com que a obra de Da Vinci "sumisse" de Roma e recebesse uma casa nova, na cidade de Turim. Especialistas afirmam que a escolha dessa específica obra era uma resposta ao medo de Hitler ganhar um novo parceiro: as forças mágicas do autorretrato de Da Vinci.

Contudo, historiadores dizem que essa foi a única obra da Biblioteca Real de Turim a ser preservada – mesmo sendo um local com inúmeras peças importantes. Giovanni Saccani, atual curador do local, conta: "Para se prevenir dos nazistas, uma operação totalmente anônima transportou a obra para Roma".

Desde 1998, a pintura está nesta área reservada para históricas produções artísticas do mundo inteiro. Hoje, o autorretrato de Da Vinci fica em um local onde as luzes são de fibra ótica; a temperatura é mantida nos 20ºC; a umidade na casa dos 55%; e as obras ficam dentro de caixas "anti-tudo"; além das óbvias câmeras de segurança.

No entanto, o quadro tem passado por dias ruins (depois de 500 anos): pontos escuros – conhecidos como "foxing" – têm aparecido na tela. "Esse é um caso particularmente ruim. No canto esquerdo havia uma assinatura do pintor que hoje já está desaparecida", conta Saccani. "Como o dano é grande e o papel é frágil, restauração está fora dos planos. A decisão tomada foi manter o status quo", conclui o curador.

É realmente um autorretrato?

Uma das maiores discussões acerca dessa especifica obra de Da Vinci é se o quadro é realmente um autorretrato. Nisso, especialistas divergem. Uma vertente credita que a imagem representaria um Leonardo de 1490, com uma obra datada de 1515. "Ele não acreditava muito na ideia de que a arte deveria ser o retrato do artista. Da Vinci queria que a arte representasse um ideal", conta o historiador James Hall.

Outros já pensam o contrário, como Liz Rideal, autora de dois livros sobre a National Portrait Gallery in London, que diz: "Eu estou bem feliz em pensar que esse é um autorretrato dele. Da Vinci é um tipo de super-homem , um gênio... E nós gostaríamos de saber como ele era enquanto vivo".

E Giovanni Saccani não tem dúvidas: "É um autorretrato. Quem ficar na sua frente vai se sentir bobo. A primeira coisa que me dizem quando olham à tela é 'está me dando arrepios'. A expressão das pessoas é algo que só Leonardo poderia fazer".
Nas próximas semanas, 50 pessoas por hora poderão ter acesso ao quadro.

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