30/12/2014

Hospitais paulistas estudam como reduzir e prevenir danos da químio ao coração.



Um centro de cardio-oncologia foi criado em uma parceria do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp) junto com o Instituto do Coração da USP (Incor). Profissionais de oncologia e de cardiologia têm trabalhado em conjunto para oferecer um tratamento que combata o tumor, mas poupe ao máximo o coração. Atualmente muitos pacientes oncológicos apresentam problemas cardíacos consequentes do tratamento contra o câncer. Isso acontece porque algumas classes de drogas, como as antraciclinas, aumentam o risco de insuficiência cardíaca em até 25%. Esses medicamentos provocam à perda da capacidade de regeneração do músculo cardíaco e induzem as células do órgão à morte.  Além dos tratamentos o centro já está produzindo estudos. Um deles vai avaliar como diferentes tratamentos para câncer de próstata impactam a saúde do coração. Outras pesquisas vão determinar quais são as melhores drogas para prevenção cardíaca em pacientes com câncer de mama e de que modo a atividade física durante o tratamento pode ser mais benéfica. O trabalho em conjunto ajuda a entender melhor os efeitos cardiotóxicos dos medicamentos. Mesmo os mais modernos, como o trastuzumabe, para câncer de mama, apresentam esse risco. As informações são do portal Folha de S. Paulo. "Antes, os pacientes morriam cedo e ninguém se preocupava muito com o coração deles.  Hoje, com os avanços do tratamento oncológico, eles chegam à idade avançada e vão precisar do coração lá na frente", diz Laura Testa, oncologista clínica do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp). No Hospital Israelita Albert Einstein, um grupo médico assistencial de cardio-oncologia também conduz estudos e oferece cuidados conjuntos aos pacientes.

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