08/12/2014

Lembra-se dela? Roberta Close completa 50 anos e não quer voltar ao Brasil com medo do preconceito.

Quem já passou dos 40 certamente vai se lembrar da modelo transexual Roberta Close. A eterna musa dos anos 1980 mora atualmente em Zurique, na Suíça, na companhia do marido Roland Granacher — um alto funcionário da Nestlé —, e hoje completa 50 anos. Segundo amigos, Roberta tem medo de voltar ao Brasil por causa do preconceito.

Na Suíça, onde vive com o marido há 20 anos, Roberta é considerada uma mulher muito sofisticada (ela fez a cirurgia para mudar de sexo).
Em 1989, na Inglaterra, fez uma cirurgia de redesignação sexual. Logo após a intervenção, começou sua luta pelo direito de trocar de nome. Em 1992, conseguiu na 8ª Vara de Família do Rio autorização para trocar de documentos, mas foi negada em 2ª instância pelo (tribunal de justiça) em 1997. A defesa então entrou com outra ação, pedindo o reconhecimento de suas características físicas femininas. Roberta então passou por nove especialistas médicos e os laudos mostraram que ela possuía aspectos hormonais femininos. A defesa também argumentou que Roberta não poderia viver psicologicamente bem com um nome que não desejasse e que a levasse a ser vítima de gozações e preconceito, além de que era direito íntimo dela mudar de nome. Sua defesa também mostrou cópias de casos de transexuais que conseguiram mudar de nome na justiça. Ao todo eram 37 casos até então no país, sendo que 36 eram do estado de São Paulo.
Em 10 de março de 2005, quinze anos depois de sua primeira tentativa legal, Roberta Close conseguiu, finalmente, ter garantido o direito da mudar o nome de Luís Roberto Gambine Moreira para Roberta Gambine Moreira. Uma nova certidão foi então emitida pelo cartório da 4ª Circunscrição do Rio de Janeiro. Nela, lavrou-se: "em 7 de dezembro de 1964, que uma criança do sexo feminino, nascida na Beneficência Portuguesa, recebeu o nome de Roberta Gambine Moreira." Essa certidão garante a modelo a retirada no Brasil de documentos, como carteira de identidade, CPF e passaporte, como sendo do sexo feminino.
Na sentença da 9ª Vara de Família, baseada nos pareceres de especialistas médicos, a juíza escreveu que “o progresso da ciência deve ser acompanhado pelo direito, pois o homem cria, aplica e se sujeita à norma jurídica, da mais antiquada e obsoleta à mais avançada e visionária.”

Roberta passa a maior parte do tempo se cuidando e viajando pela Europa com o marido, onde é bastante conhecida e frequentadora da alta sociedade européia. Fala cinco idiomas: o inglês, o francês, o alemão, o português e o italiano 

— Ela foi lapidada, foi aprendendo com o tempo. Hoje, ela se veste muito bem, está chiquérrima. Tem classe, porte —   contou ao jornal Kelly Cunha, sua melhor amiga.

Há pouco mais de um ano, Roberta foi clicada fazendo uma selfie ao lado do cabeleireiro e amigo Walério Araújo. No entanto, parece que ela não gostou dele ter compartilhado a imagem dela nas redes sociais. 

— Ela ficou muito chateada, primeiro comigo, achando que eu tinha divulgado a imagem para a imprensa. Depois, com os comentários atacando ela e enfatizando suas transformações no rosto. Ela não tem menor problema em assumir que aplicou botox. Continua uma mulher lindíssima, como exatamente há 20 anos. 




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