Um levantamento feito mostra que, nos últimos dois anos, a Obra Prima Engenharia e Arquitetura - empresa da qual Ana Maria Lucas de Souza é dona - assinou contratos de R$ 582.731 mil com órgãos estaduais do Rio. A arquiteta foi indiciada pelo crime de desacato, na última sexta-afeira, depois de ter sido abordada por policiais militares do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes). O procedimento está no 9º Juizado Especial Criminal (Jecrim) e uma audiência com as partes deverá ser marcada nos próximos dias.
Num vídeo gravado por um dos soldados, Ana Maria tenta pegar a câmera da mão do PM e o adverte: "Eu sou arquiteta, eu estou fazendo obra em várias UPPs, você quer saber?" O levantamento feito pelo EXTRA mostra que o mais caro dos contratos foi feito com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Pelo valor de R$ 395.104, a Obra deveria adequar salas para implantação de aparelhos de raios-X.
Em outro contrato, o Ministério Público estadual pagou R$ 70.022 a empresa de Ana Maria para a reforma de um conjunto de salas em uma das sedes do órgão, na Rua Nilo Peçanha, no Centro do Rio.
De acordo com o delegado, foram ouvidos Ana Maria e os PMs. Na versão deles, a viatura em que estavam percorreu dois quilômetros até emparelhar com o Hyundai ix35 branco em que ela estava. Por volta de 17h15m da última sexta-feira, o veículo foi parado na Rua Desembargador Oscar Tenório, no Recreio.
No vídeo gravado por um dos soldados, a arquiteta pergunta "O que vocês querem comigo?" e ainda reclama: "Vocês têm que ir atrás de bandidos, não de mim."
Em seu depoimento, entretanto, a loura afirma que em "nenhum momento teve a intenção de desacatar os policiais". A pena para desacato varia de seis meses a dois anos de prisão. Como o crime é de menor potencial
ofensivo, é provável que, se condenada, a arquiteta cumpra uma pena alternativa.
Ontem, o PM que fez as imagens informou que irá processar Ana Maria por constrangimento. Ele disse ter tomado a decisão depois de conversar com um advogado sobre o caso. Procurada pelo para comentar o caso, Ana Maria não foi localizada em sua casa nem retornou as ligações feitas para o seu celular.
Será que se deve saber o nome desse Comandante amigo que pode prejudicar policiais que estão trabalhando honestamente, pois ela fala abertamente "Vou falar com o Comandante". Talvez ela esteja envolvida com tráfico de influência.
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