29/05/2014

Paquistanesa é apedrejada por ter se casado com homem não escolhido pela família.



Farzana Iqbal, 25 anos, grávida de três meses, foi apedrejada até à morte por membros da sua família, incluindo o próprio pai, quando esperava para ser ouvida em tribunal esta terça-feira. A mulher é uma das várias centenas que morrem anualmente vítimas dos chamados "crimes de honra". Neste caso, Farzana casou-se com um homem que não foi escolhido pela sua família.

Farzana esperava pela abertura do tribunal na cidade de Lahore, quando foi cercada por um grupo de cerca de 20 homens, entre eles o pai, dois irmãos e um antigo noivo. Os homens começaram a apedrejá-la com tijolos e pedras e após vários ferimentos sofridos a mulher caiu inanimada. A sua morte foi declarada pouco depois no hospital, indicou à Reuters Umer Cheema, um responsável da polícia local.

Com a chegada das autoridades, apenas o pai de Farzana foi interceptado e interrogado. À polícia o homem admitiu ter contribuído para a morte da filha, que resultou de uma questão de honra da família. Muitos paquistaneses acreditam que quando uma mulher se casa com alguém de sua escolha desonra os seus familiares.

Este é apenas um dos cerca de mil casos de mortes que se registam todos os anos no Paquistão justificadas com a necessidade de honrar a família e que geralmente não chegam aos tribunais. Segundo o grupo ativista pela defesa dos direitos humanos Aurat Foundation, o número de mulheres assassinadas pela própria família deverá ser superior, já que os casos registados foram todos reunidos com base em notícias.

Justiça de bárbaros!!!

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