22/06/2014

A Copa do HD, 3D ou 4K?

Durante a última Copa do Mundo, em 2010, a FIFA televisionou 25 dos 64 jogos em 3D através do ESPN 3D. No entanto, as coisas mudaram nesses últimos quatro anos: o interesse pelas transmissões em três dimensões pode estar sendo superado pelas transmissões em 4K.

A FIFA, testou as transmissões em resolução 4K Ultra HD na Copa das Confederações. A Sony, uma das patrocinadoras oficiais da FIFA e uma das empresas que mais deu suporte às transmissões 3D, agora só está investindo no novo formato. 

Para a Copa do Mundo no Brasil, as transmissões em 4K, com quatro vezes mais definição do que Full HD, serão com 12 câmeras de altíssima resolução que gravarão nove partidas, sendo que a primeira foi Japão contra Costa do Marfim em Natal no dia 14 de junho. Três partidas da fase de mata-mata, incluindo a final, serão transmitidas ao vivo em 4K em caráter experimental pela TV Globo (que está unida com a Sony), e  pelo canal SporTV.

Resta ainda a questão do tamanho da tela, e é aí que se atinge o calcanhar de Aquiles. O argumento daqueles que são contra a necessidade de se ter imagem em 4K ao invés de 1.05 K (HDTV) nas transmissões atuais não esbarra somente na banda de transmissão. O tamanho da tela irá ter influência na necessidade da troca, já que o próprio olho humano tem limitações para observar a diferença de resolução em telas de menor tamanho. Na prática, isto pode significar que mesmo aumentando a resolução da imagem para 4K muita gente poderá não perceber diferença alguma em relação à mesma imagem em 1K. E notem que, em se tratando de uma partida de futebol, onde a adrenalina costuma ir a mil, resolução é o que menos será percebida.
Com uma tela grande impressiona. Mas, sem chance de ver a mesma resolução em uma tela menor, a comparação é literalmente impossível.

Então, como é que fica?
Fica assim: para um usuário final assistir a Copa em 4K ele precisa investir no aparelho de TV e procurar operadora para fornecer o sinal, se por satélite ou cabo. Porque, transmitir 4K pelo ar pode até ser possível, mas provavelmente impraticável com os atuais transmissores.
Em resumo, falta clareza se e quando o próximo passo deve ser dado. A prudência manda "aguardar para ver". Muito da tecnologia emergente ainda não saiu do laboratório, nem mesmo a mudança de LCD para OLED. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário