A idade cronológica das pessoas nem sempre coincide com a emocional. É mais comum, inclusive, a maturidade física chegar antes. Muitos adultos mantêm atitudes infantis diante das circunstâncias da vida. Assim como há jovens precocemente maduros. É humanamente impossível controlar absolutamente todas as emoções, mas é bastante viável ter domínio sob muitas delas. Para isso é preciso crescer. Para crescer é necessário se conhecer, se amar, e principalmente, saber lidar com as frustrações. O psicoterapeuta Flávio Gikovate afirma que o primeiro passo para a felicidade sentimental está em aprender a ficar razoavelmente bem sozinho. "Isso só ocorre com maturidade emocional, que se caracteriza pela capacidade de suportarmos bem as dores da vida."
Segundo ele, é preciso se desenvolver emocionalmente até atingir uma maturidade que permita competência para lidar com frustrações. "A felicidade sentimental é a recompensa acessível a todos os que completarem o ciclo mínimo de evolução emocional."
Algumas pessoas são mais maduras que outras. Em geral, quanto mais experiências de vida a pessoa possua mais possibilidades de ter maturidade, desde que saiba aprender com cada uma das experiências vividas. Uma pessoa imatura encara as experiencias com sofrimento, culpa e não extrair delas o aprendizado e a maturidade necessária, elas irão se penitenciar por vivenciá-las ou ter atitude de reclamar, chorar e se lamuriar. A construção da maturidade emocional está relacionada à educação familiar, ao fato de ensinar o filho a saber cuidar de si mesmo desde pequeno, respeitando suas limitações, sob pena de transformá-lo num adulto inseguro e imaturo.
Podemos crescer emocionalmente, procurando manter contato com o maior número de pessoas, de culturas e hábitos diferentes. Os pais, que ensinam seus filhos desde pequenos a respeitar o próximo, e valorizam cada acerto de seus filhos não exigindo deles aquilo que eles ainda não são capazes de fazer, com certeza terão filhos com uma visão melhor do mundo. Precisamos entender que os erros fazem parte da vida e que é possível aprender com eles e não se culpar. A culpa impede que a pessoa aprenda. Sobre as outras pessoas temos que aprender que cada pessoa é como é e que nada do que fizermos ou deixarmos de fazer vai mudá-la, se ela não quiser. Por último, para trilharmos o caminho da maturidade emocional devemos nos colocar no lugar do outro e seguir aquele ditado popular que diz mais ou menos assim: "Não faça para o outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você".
Flávio Gikovate
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