A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, que fazia parte do elenco do programa "Esquenta!", da Globo, falou sobre os bastidores de uma gravação em homenagem ao seu filho, encontrado morto em abril deste ano na comunidade Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro.
Durante um evento que discutia discriminação racial, no Dia da Consciência Negra, na quinta (20), em Brasília, Maria de Fátima falou sobre as regras para participar do programa de Regina Casé em homenagem a ele. "A mídia usou o tempo todo a imagem do meu filho. Setenta e duas horas da morte dele, houve um convite. Praticamente me arrancaram de casa, me levaram para a TV e limitaram o que eu devia falar", comentou. "Foram me oferecer unha e cabelo. Eu estava 80 horas sem dormir. Eu ia querer fazer unha e cabelo? Eu queria uma solução imediata que esclarecesse a morte do meu filho", continuou.Em outro momento do vídeo, que só foi divulgado na sexta (21), a mãe do dançarino ainda criticou a apresentadora. "A Regina Casé é uma farsa, uma artista, uma mentirosa. Mentirosa!", disse, aos gritos, sob aplausos da plateia que assistia ao desabafo. "Ela (Regina) me deixou no palco quando acabou o programa, o Diego Dias disse: 'volta pro camarim que ela vai falar com a senhora'. Fiquei esperando ela (sic) como estou esperando até hoje".
Procurada pelo iG, a assessoria da TV Globo, que representa Regina Casé e o programa "Esquenta!", informou que "entende a dor de dona Maria de Fátima da Silva, mas as afirmações durante o debate do evento Ser negra não têm fundamento. Dona Maria de Fátima teve e tem todo o apoio da Globo e a solidariedade de Regina Casé e sua equipe". No "Esquenta!" desse domingo (23), feito ao vivo, a apresentadora não comentou as acusações.
Assista no vídeo abaixo.
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