05/01/2015

Estudo reforça a tese de como se deu o desaparecimento dos Maias.



Um enorme e paradisíaco sumidouro submarino, cercado por recifes, cavernas e tubarões pode ser a chave para a explicação do misterioso fim da civilização Maia na Península de Yucatán, na América Central. Um estudo publicado na revista Scientific Reports que analisou sedimentos da formação geológica encontrou indícios de que os nativos teriam enfrentado longos períodos de seca até a completo desaparecimento da população, entre 800 e 1.000 D.C..

A pesquisa envolveu cientistas da Universidade de Rice e da Universidade Estadual da Louisiana, que desceram os 122 metros de profundidade do Grande Buraco Azul para encontrar pistas sobre o mistério. Eles coletaram amostras de rochas do sumidouro e de uma lagoa próxima para encontrar elementos que fornecessem indícios do clima naquela época.

Os alvos principais eram o alumínio e titânio, sinais de as chuvas intensas geradas por ciclones tropicais que se chocam com rochas no litoral. Como resultado, a pesquisa encontrou pouca concentração dos elementos, o que significa que houve menos chuvas e secas prolongadas do que o normal durante os dois séculos de declínio da civilização Maia.


A fome, distúrbios e guerra seriam as consequências naturais de uma crise hídrica. Por volta de 900 D.C., já não havia quaisquer resquícios de vida nas cidades maias. Um segundo período de seca pode ter afetado grupos rivais aos maias, que acabaram abandonando o local em busca de água.

A península de Yucatán carece de recursos hídricos naturais, obrigando os seus habitantes a depender da água das chuvas que se acumulavam em buracos de calcário, algo como "cisternas artificiais".

O novo estudo reforça a tese de seca como resposta ao desaparecimento da civilização Maia. Há tempos, cientistas se perguntam como um povo conhecido pelo alto grau de desenvolvimento em questões como arquitetura, esporte, agricultura, comércio possa literalmente sumir do mapa.

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