Com a ajuda da Polícia Militar, socorristas de uma ONG protetora de animais de Pirajuí (SP) resgataram uma cadela que foi agredida pelo próprio dono com um facão. De acordo com as informações do boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada na quinta-feira (11) após uma denúncia de que o um homem, de 47 anos, estaria agredindo um cachorro da raça rottweiller.
Ao chegar à casa do suspeito, os policiais encontraram a cadela no quintal bastante machucada e amarrada a um pedaço de madeira. Questionado sobre o estado do animal, o homem teria dito que ficou nervoso porque o animal atacou as galinhas do vizinho.Segundo uma das socorristas da ONG "Late Mia", que acompanharam os policiais na averiguação da denúncia, o suspeito tinha até feito uma cova para enterrar a cachorra, que recebe o nome de Suzi.
"Ele disse para gente que iria enterrá-la viva, mas a gente conseguiu impedir isso. Nós a socorremos e levamos para uma clínica", conta Márcia Ferreira Oshiro.
Suzi, que tem cerca de 8 anos, foi atingida com um facão na cabeça e ainda sofreu agressões com um pedaço de madeira. De acordo com o veterinário Athur Neme Soliva, a cachorra perdeu fragmentos dos ossos do crânio e passou por uma cirurgia para fechar os cortes na cabeça.
"Ela perdeu muito dos ossos do crânio, tanto que não foi possível fazer enxerto, o estado dela é muito grave, mas somente daqui um ou dois dias vamos poder dizer se ela vai conseguir sobreviver ou não", explica.
Ainda segundo Arthur, Suzi está internada na clínica em observação, mas já teve uma melhora de ontem para hoje. "Ela está bebendo água pelo menos, alimentação ainda não, está no soro, mas ela está evoluindo um pouco, mas é muito cedo para saber se ela vai sobreviver", completa.
Maus-tratos
Um boletim de ocorrência de ocorrência de maus-tratos foi registrado e a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. O homem vai responder pelo crime e se condenado pode pegar detenção de 3 meses a 1 ano de prisão.
Desde setembro deste ano, quando passou a funcionar, a ONG "Late Mia" já atendeu cerca de 70 casos de maus-tratos. Segundo Márcia, nesses casos os animais são retirados dos donos e levados para um lar provisório até ter condições de serem adotados. E nos casos mais graves, como o de Suzy a ONG entra com processo na Justiça contra os responsáveis pelas agressões.
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